Segurança em Números 2025


Equipe

Cláudio Castro

Governador


Thiago Pampolha

Vice-governador


Victor César Carvalho dos Santos

Secretário de Estado de Segurança Pública


Marcela Ortiz Quintairos Jorge

Diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública


Leonardo D’Andréa Vale

Vice-presidente do Instituto de Segurança Pública


© 2025 by Instituto de Segurança Pública

Direitos de publicação reservados ao Instituto de Segurança Pública.

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Elaboração

Erick Baptista Amaral de Lara
Luciana Moura Martins Costa
Nathalya Yasmim Moreira
Ricardo Junqueira de Souza


Revisão Técnica

Antônia Xavier
Bianca Garcia


Assessoria de Comunicação

Isabella Cardozo Rosa
Karina Pereira do Nascimento
Luiz Paulo Walcyr dos Santos


Equipe

Alcides Ferreira de Jesus
Alessandra Patrício Batista
Alexandre de Souza
Anderson Assum Dias
Andre Machado Andrade
André Neuschwang Regato
Caio Marcelo de Almeida
Carlos Augusto Caneli Maciel
Carlos Eduardo França Cardias
Carolina Müller Sarcinelli Luz
Cláudia Peçanha Corrêa
Claudius Ferreira da Silva
Cristiana Duda de Menezes
Daniel Roque de Melo
Danley Alves Soares Santos
Diego Pereira Torres
Diego Soares Gimenes
Edson Jorge Alexandre de Moura
Emmanuel A. Rapizo M. Caldas
Estefany Ventura da Silva
Fernanda Messina
Giovanna Macchiutti Lomba Guimarães
Gustavo Castanheira Matheus
Hannah Beatriz da Rocha Vaz
Igor da Silva Gomes
Íris Amorim de Souza
Isabella Goulart Lopes
Janaína de Paiva Reis
João Paulo de Seixas
Jonathan de Paiva Paz da Silva
Jonathan Lima Moreira
Jorge Luiz Monteiro dos Santos
Júlio Cesar da Cunha Horta
Laura Mariana de Jesus de Brito da Costa
Leonardo Cardoso Peres
Livia Benevides Floret
Lucas de Oliveira Pereira Braga
Luciano de Lima Gonçalves
Luiz Alberto Carreiro Junior
Luiz Henrique Lavinas
Maria Cecília Reverendo Pilão Torres
Mariana Pereira Martins dos Santos
Nathalia da Costa Santos
Nathan da Silva de Almeida
Nicoly Almeida de Albuquerque
Paulo Roberto Leite Junior
Priscila Navi Marques Carvalho
Ricardo do Bomfim Pantoja
Rodrigo Veillard Reis Ferreira
Rosangela Feliciano G. de Campos
Sávio do Nascimento Bezerra
Soraya Graça Moreira Francisco
Taís Miranda Damasceno
Tais Oliveira Pereira
Vanessa Cristine Cardozo Cunha
Vanessa Ferreira Carvalheira
Wagner José Duarte

Apresentação

Evolução dos principais indicadores de criminalidade e da atividade policial no estado do Rio de Janeiro de 2003 a 2024

O Segurança em Números 2025 apresenta uma análise dos principais indicadores de criminalidade e de atividade policial do estado do Rio de Janeiro no período de 2003 a 2024. Tais indicadores estão divididos entre crimes contra a vida, crimes contra o patrimônio e atividade policial. Essa edição também expõe dados sobre feminicídios ocorridos no estado. A tipificação do crime de feminicídio ocorreu no início de 2015, sendo este o delito definido como assassinato de mulheres evidenciado pelo recorte de gênero.

Além disso, mantivemos a seção que traz a análise voltada para as Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP). Criada ano passado, ela apresenta informações agregadas dos indicadores para todas as RISP do estado. Por último, o apêndice traz parte dos dados utilizados para a elaboração dos gráficos e estatísticas apresentadas neste estudo.

Os dados aqui divulgados são provenientes dos registros de ocorrência da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro (SEPOL). Nas informações sobre armas apreendidas, assim como nas de vitimização policial, há dados oriundos também da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro (SEPM).

O relatório está dividido da seguinte forma: na primeira parte, resumimos os principais resultados dos delitos selecionados em 2024. O total observado no ano aparece no texto, e o valor da variação em relação ao ano anterior está entre parênteses. Na segunda parte, exibimos gráficos que ajudam na leitura dos dados.

Resumo dos principais resultados:

  • O indicador Letalidade Violenta, que corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, Morte por Intervenção de Agente do Estado, roubo seguido de morte (Latrocínio) e lesão corporal seguida de morte – apresentou uma queda de 11,1% (3.795 em 2024) em relação a 2023;

  • O ano de 2024 registrou uma redução de 11,0% nos números de homicídio doloso (2.930) em relação ao ano anterior. Já o roubo seguido de morte (Latrocínio) apresentou um aumento, contabilizando 97 vítimas.

  • O número de feminicídios em 2024 registrou aumento em comparação com o ano anterior. Foram registradas 107 vítimas (8,1%) deste delito no estado;

  • Houve uma queda de 19,7% (699) nas Mortes por Intervenção de Agente do Estado em comparação com o ano anterior. Esse foi o menor valor registrado desde o ano de 2016;

  • Em 2024, as mortes de policiais durante a folga (43) diminuíram em relação a 2023, ao passo que as mortes de policiais em serviço (12 ao todo) aumentaram;

  • Os indicadores Roubo de Rua e Roubo de Veículo registraram crescimento em relação a 2023, totalizando 13,6% (58.574) e 39,0% (30.934), respectivamente;

  • O indicador Roubo de Carga aumentou 6,6% (3.438) em relação ao ano anterior;

  • O número de estelionatos em 2024 cresceu 19,9% (144.117) em relação ao ano anterior, atingindo o maior número de casos da série histórica;

  • As apreensões de armas de fogo diminuíram em comparação com 2023, sendo registradas 6.148 (2,1%). Já as apreensões de drogas e fuzis cresceram em relação ao ano anterior, um aumento de 6,3% (23.930) e 20,0% (732), respectivamente.


Crimes contra a vida

Esta seção visa expor os dados relativos ao indicador de Letalidade Violenta e o perfil de suas vítimas, além das informações sobre a vitimização policial em 2024.

Letalidade Violenta

Composto pelos delitos de homicídio doloso, morte por intervenção de agente do estado, roubo seguido de morte (Latrocínio) e lesão corporal seguida de morte, o indicador de Letalidade Violenta registrou, em 2024, 3.795 vítimas (uma queda de 11,1% em relação ao ano anterior). Este indicador tem apresentando consistentemente uma tendência de redução desde o ano de 2018.

Em relação aos delitos individuais que integram a Letalidade Violenta, destacamos que o estado registrou 2.930 vítimas de homicídio doloso, representando uma queda de 11,0% se comparado com 2023.

Em 2024, foram 97 vítimas de roubos seguido de morte (latrocínio) no estado, apresentando um aumento no número de vítimas em relação ao ano anterior.

Por fim, o crime de lesão corporal seguida de morte contabilizou 69 vítimas, voltando a crescer após a queda observada em 2022.

Morte por Intervenção de Agente do Estado

Em 2024, as Mortes por Intervenção de Agente do Estado caíram 19,7% (699 no total do ano) em relação a 2023, que havia registrado 871 vítimas. Este foi o menor valor observado para a série histórica desde 2016.

Feminicídio

Como mencionado na apresentação, o crime de feminicídio foi tipificado em 2015. Para o ano de 2024, foi registrado um aumento de 8,1% (107) das vítimas desse delito.

Perfil das vítimas de Letalidade Violenta

Das 3.795 vítimas de Letalidade Violenta em 2024, 88,9% eram homens (3.374), 7,1% eram mulheres (270) e 4,0% não tiveram sexo identificado (151).

No tocante ao perfil racial, notamos que 70,7% das vítimas eram pretas e pardas (2.682), 19,6% eram brancas (745), 9,6% não foram identificadas (365) e 0,1% (três) foram classificadas como “Outros”.

Entre as vítimas, 35,7% (1.355) tinham entre 18 e 29 anos, 27,1% (1.028) compreendiam a faixa dos 30 aos 45 anos, 19,5% (740) não tiveram a idade informada, 8,9% (338) tinham entre 46 a 59 anos e 4,1% (155) tinham 60 anos ou mais. Os menores de idade, ou seja, aqueles entre zero e 17 anos, corresponderam a 4,7% (179) das vítimas.

Vitimização policial

No que tange à vitimização policial, o número de policiais feridos em folga diminuiu 9,9% (372) e mortos em folga contabilizou 43 vítimas. Em contrapartida, o número de policiais mortos e feridos em serviço aumentou, totalizando 12 mortos e 299 feridos.

Observando individualmente os registros de ferimentos de policiais militares e civis, notamos que parte significativa deles ocorreu durante a folga: 372 contra 299. Em relação às mortes, o ano 2024 registrou 43 óbitos durante a folga e 12 durante o serviço.

Como causa das mortes de policiais, tivemos: Letalidade Violenta (28), acidente (13) e suicídio (14), sendo este último o maior número observado em toda a série histórica.

Considerando a separação entre Polícia Militar e Polícia Civil, o número de policiais militares mortos por Letalidade Violenta caiu de 34 para 28. O número de acidentes fatais entre os policiais militares caiu de 12 para 11. Entre os policiais civis não foram registradas mortes por Letalidade Violenta, sendo contabilizadas duas por acidentes e uma por suicídio, o que representa um aumento se comparado com o ano de 2023.

Crimes contra o patrimônio

Exibiremos aqui os indicadores de Roubo de Carga, Roubo de Veículo e Roubo de Rua (o terceiro engloba os crimes de roubo a transeunte, roubo de celular e roubo a coletivo). Desde 2021, acrescentamos os dados referentes ao estelionato e extorsão, devido ao crescimento significativo nos últimos anos.

Roubo de Carga

Em 2024, ocorreram 3.438 casos de Roubo de Carga, representando um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior.

Roubo de Veículo

O ano de 2024 registrou um aumento de 39,0% (30.934 no total) nos casos de Roubo de Veículo. Observamos um aumento significativo nesses casos entre 2015 e 2017, seguido por uma queda brusca até 2020. O número se manteve estável até 2024, quando voltou a crescer.

Roubo de Rua

O indicador de Roubo de Rua vinha apresentando queda dos casos desde 2018. Em 2023, registrou-se o menor número de ocorrências desde 2004. Já em 2024, apresentou um aumento de 13,6% (58.574) em relação ao ano anterior.

Roubo a transeunte

Em 2024, o roubo a transeunte registrou um aumento de 0,9% (30.876) casos, mantendo-se com certa estabilidade em relação ao ano anterior.

Roubo de celular

Desde 2013, esse delito apresentava um crescimento constante, interrompido em 2020. Ao final da pandemia, observamos uma queda nos números nos anos seguintes, mas, em 2024, voltou a crescer. Foram registrados 21.423 casos de roubo de celular em 2024, representando um aumento de 38,2% em comparação com o ano anterior.

Roubo em coletivo

Em 2024, o roubo em coletivo registrou um aumento em relação ao ano anterior: 14,5% (6.275).

Estelionato

O estelionato foi incluído neste relatório devido ao aumento significativo nos últimos anos, como foi observado em 2024, com 19,9% (144.117), atingindo o maior número de casos da série histórica.

Extorsão

Em 2024, tivemos 3.051 (6,5% a menos do que em 2023) registros de extorsão.


Atividade policial

Esta seção traz dados sobre as apreensões de armas de fogo, com informações específicas sobre as apreensões de fuzis, apreensões de drogas, prisões em flagrante, autos de apreensão de adolescentes por ato infracional e ao total de registros de ocorrência do estado.

Apreensão de armas de fogo

As apreensões de armas de fogo (que incluem revólveres, pistolas, espingardas, fuzis, metralhadoras, armas de fabricação caseira, entre outras) caíram 2,1% em relação ao ano anterior. Em 2024, foram contabilizadas 6.148 armas de fogo apreendidas.

Apreensão de fuzis

No ano de 2024, foram apreendidos 20,0% a mais de fuzis do que o ano anterior, um valor que representa o maior número da série histórica (732). Essa quantidade de fuzis apreendidos em 2024 corresponde a 11,9% do total de armas de fogo apreendidas no ano.

Apreensão de drogas

As apreensões de drogas em 2024 tiveram um aumento de 6,3% (23.930) em relação ano anterior, mantendo a tendência de crescimento observada desde 2023.

Prisões em flagrante

Em 2024, foram registradas 42.389 prisões em flagrante em todo o estado, representando um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Em 2020, o número de prisões diminuiu devido às restrições de mobilidade impostas pela pandemia. No entanto, nos últimos anos, observamos uma tendência de aumento. O valor registrado em 2024 é o mais elevado de toda a série histórica.

Auto de apreensão de adolescente por prática de ato infracional

Desde 2013, observamos uma queda no número de autos de apreensão de adolescentes por prática de ato infracional. Em 2024, houve um crescimento de 15,4% (4.919 no total do ano) no número de adolescentes apreendidos em relação ao ano anterior.

Registros de ocorrência

As delegacias do estado do Rio de Janeiro contabilizaram 922.734 registros de ocorrência em 2024. Esse número representa um aumento de 13,2% em relação ao ano de 2023. Vale destacar que este foi o maior número observado em toda série histórica.


Relatório RISP

Na última seção deste relatório, apresentamos as Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP). As RISP são organizadas, a nível prático, com base nas divisões das Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) e Circunscrições Integradas de Segurança Pública (CISP), que são equivalentes à área de um batalhão da Polícia Militar e de uma delegacia da Polícia Civil, respectivamente.

Ao todo, o estado possui sete RISP, divididas da seguinte maneira:

  • RISP 1: Capital (Zona Sul, Centro e parte da Zona Norte);
  • RISP 2: Capital (Zona Oeste e parte da Zona Norte);
  • RISP 3: Baixada Fluminense;
  • RISP 4: Grande Niterói e Região dos Lagos;
  • RISP 5: Sul Fluminense;
  • RISP 6: Norte-Fluminense e Noroeste;
  • RISP 7: Região Serrana.

Indicadores nas RISP

O indicador Roubo de Rua apresentou queda nas RISP 4, 5, 6 e 7 em relação ao ano anterior. A menor redução foi observada na RISP 7, com 4,8% (138), enquanto a maior redução ocorreu na RISP 6, com 41,4% (620) dos roubos de rua em relação a 2023. Já as RISP 1, 2 e 3 apresentaram um crescimento em relação a 2023, sendo a RISP 1 a que apresentou o maior aumento, de 23,2% (21.156).

Duas das sete RISP do estado apresentaram queda nos casos de Roubo de Veículo em 2024: a RISP 5, com redução de 37,7% (91 casos no ano), e a RISP 6, com redução de 45,6% (130). Já as demais, por sua vez, mostraram um crescimento, destacando a RISP 1, que registrou o maior aumento, de 64,7% (8.159 casos no ano), em relação ao ano anterior.

A RISP 3 apresentou maior redução nos casos de Roubos de Carga.

O indicador Letalidade Violenta apresentou redução em seis das sete RISP do estado. A maior redução em 2024, em relação ao ano anterior, foi observada na RISP 5, com 29,4% (303 no total). Em contrapartida, a RISP 1 mostrou um crescimento de 2,8% (440) do número de casos em 2024.


Apêndice

Neste apêndice, apresentamos os dados sobre os indicadores estratégicos de criminalidade do SIM e os delitos apresentados ao longo do relatório. Essas informações também podem ser encontradas, mensalmente, no site do ISP. Para mais detalhes, indicamos que o leitor recorra ao formulário de pedido de dados, disponível neste link.

Crimes contra a vida

Crimes contra o patrimônio

Atividade policial

Relatório RISP